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A experiência em Avaliação Institucional remonta a 1993, quando ainda Faculdades Integradas, ocasião em que foi firmada uma parceria com a Universidade de Moncton, no Canadá, sob a coordenação do Prof. Gilles Nadeau, para desenvolver critérios de qualidade de ensino superior no nível Institucional.

A partir de 1994, foram realizadas avaliações setorizadas, objetivando estabelecer indicadores e critérios de excelência e qualidade.

Em agosto de 1996 teve início a elaboração do Projeto de Avaliação Institucional das então Faculdades Integradas Sociedade Educacional Tuiuti – FISET, pela Comissão de Avaliação Institucional, nomeada por Ato Especial do Diretor Geral da Instituição. Inicialmente, foram avaliadas disciplinas e o desempenho de professores em diversos cursos de graduação e em alguns cursos de pós-graduação “lato sensu”, o que resultou em uma lista de vários pontos a serem observados com maior cuidado.

Após a transformação das FISET em Universidade, o Magnífico Reitor nomeou por Ato Especial a Comissão de Avaliação Institucional – CAI, objetivando resultar o seu trabalho na melhoria dos diversos segmentos e serviços oferecidos pela Instituição. Passa, então, a ter como finalidade a identificação de distorções e a busca de ações para suas correções e alcance de padrões de qualidade, eficiência e eficácia, que conduziriam à efetividade na prestação de serviços de educação superior. Os critérios e indicadores adotados passaram a ser os sugeridos pelo Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras – PAIUB.

Neste ano, houve um processo de intensa sensibilização e divulgação da proposta junto à comunidade universitária, culminando com a aplicação de questionários avaliando disciplinas e o desempenho do corpo docente em alguns cursos da Universidade.

Sob orientação de consultoria especializada em Educação, a CAI iniciou a Avaliação Institucional propriamente dita em meados de 1998.

Foi realizado um diagnóstico situacional tendo como instrumento um questionário com duas questões abertas e espaço para sugestões em todos os segmentos da comunidade universitária, servindo como sondagem do ambiente interno e como subsídio para o planejamento estratégico da Instituição, ocasião em que foram avaliados os laboratórios e a infraestrutura. Com relação à Biblioteca Universitária a avaliação foi realizada por meio de especialista em Biblioteconomia, fornecendo laudo técnico.

Como resultado, sinteticamente tiraram-se as seguintes recomendações e sugestões: reciclagem para professores no que diz respeito à metodologia de ensino, reformulação de alguns currículos; repensar a infraestrutura da Universidade, repensar a Gerência Administrativa e treinamento dos funcionários técnico – administrativos.

A etapa de auto-avaliação dos cursos, prevista no Projeto de Avaliação Institucional da Tuiuti, teve início em 1999, sendo empregado o método quantitativo e a coleta de dados realizada pelo preenchimento de formulários. Nessa etapa, também seriam avaliados o projeto pedagógico, a organização curricular, o contexto de ensino e os programas acadêmicos, com base na análise documental.

Para implementar o processo, foram realizados seminários, fóruns reflexivos, reuniões de grupos de trabalho, questionários com questões abertas e fechadas, além de análises documentais. Para se adquirir maior eficiência, passaram a integrar a CAI, um professor representante de cada Faculdade da Universidade.

Em outubro de 1999, foi nomeada nova Comissão de Avaliação Institucional – CAI, tendo como Presidente o Prof. Dr. Marcos Eduardo Klüppel, em tempo integral, dois membros em tempo parcial, um aluno Presidente do DCE, um representante por Faculdade e foram criados os Comitês de Avaliação dos Cursos – CAC. A CAI passou a integrar o Núcleo de Referência para Gestão – NUREG, subordinada a Reitoria. Com essa nova concepção, a Avaliação Institucional passou a participar de forma integrada a área de planejamento e a área da qualidade. Nesta ocasião foi elaborado um relatório resultante da avaliação interna aplicada em novembro de 1999, contendo os objetivos da avaliação, a metodologia, o embasamento teórico, a apresentação dos dados coletados e sua análise por faculdade, bem como a interpretação dos resultados, conclusões recomendações e sugestões. Este relatório foi encaminhado ao MEC com a previsão para realização em 2000, da avaliação do pessoal técnico–administrativo e gestores que ainda não haviam participado do processo.

Concluiu-se que essa etapa da Avaliação Institucional foi positiva para a Universidade, apesar de alguns problemas no processo por parte dos professores, compensada pela boa receptividade dos alunos, proporcionando uma maior reflexão sobre o relatório por parte da Comissão.

Como recomendações e sugestões, destacam-se: maior treinamento específico aos docentes para aplicação dos instrumentos avaliativos; melhor esclarecimento aos alunos novos de regulamento e normas da Instituição, preferencialmente pelos coordenadores dos cursos; e análise dos quesitos dos resultados das avaliações por parte dos diretores das faculdades e coordenadores dos cursos.

Em junho de 2000, a Comissão de Avaliação Institucional foi ampliada agora com representantes de cada Faculdade com maior dedicação aos trabalhos de avaliação. Em consequência desta ampliação, o planejamento anterior foi abandonado e elaborado outro tendo em vista a nova estrutura da Comissão, composta por três câmaras: Câmara de Ensino, Câmara de Gestão e Câmara de Pesquisa e Extensão. O Programa de Avaliação Institucional foi reformulado com base no previsto pelo PAIUB de 1994 e sua versão 2000, seguindo os princípios de: globalidade, comparabilidade, respeito à identidade institucional, caráter da avaliação, adesão voluntária, legitimidade e continuidade; e foi apresentado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão CONSEPE em dezembro de 2000.

Com todos os problemas, a Comissão apresentou um relatório preliminar bastante vasto do trabalho executado nos meses de agosto, setembro e outubro de 2000, já sob a óptica de sua nova estrutura cameral, abrangendo todos os cursos de graduação, pesquisa e extensão, infraestrutura, e pós-graduação; apresentando os Pontos Fortes e Pontos Fracos de cada um.

No ano de 2001, a Instituição teve como grande golpe nas suas atividades o falecimento do seu Reitor e fundador. Apesar do fato perturbador a Avaliação Institucional continuou a funcionar normalmente por intermédio dos CAC em seus respectivos cursos dando continuidade nas avaliações das disciplinas e dos professores pelos alunos, além de suas auto-avaliações baseadas no Manual Condições de Oferta fornecido pelo INEP.

Em 2002, o novo Reitor promoveu uma reestruturação na CAI, sendo constituída por outros professores de diversas áreas da Universidade.

O período inicial das atividades dessa nova comissão contou com a permanência do ex-presidente e de mais dois membros da comissão anterior para se evitar a ruptura dos trabalhos até então desenvolvidos dentro da filosofia adotada de obtenção de dados para subsidiar o planejamento estratégico institucional e a procura da qualidade acadêmica. Nessa perspectiva, tomou-se como base a proposta do INEP, referente às Dimensões didático-pedagógicas, corpo docente e infraestrutura. Foi acrescido ainda como objetivo aos já existentes, a auto-avaliação da própria CAI em seus métodos e atividades.

Desenvolvidos novos questionários como instrumentos de coleta de dados e informações, optou-se por centrar o foco da pesquisa na percepção dos discentes e docentes em relação aos seus cursos, por se verificar que, principalmente os discentes, percebem a Instituição através de seus respectivos cursos. Já com relação ao Corpo Técnico-Administrativo o foco previsto foi o de seus Campi.

Os membros da CAI com o seu novo presidente passaram a manter reuniões nas diversas Faculdades da Tuiuti, com os coordenadores de cursos e membros de seus respectivos CAC, objetivando verificar os seus métodos de trabalho, identificar as dificuldades existentes e orientar sobre a nova dinâmica a ser adotada. Simultaneamente às providências administrativas para a aplicação dos instrumentos elaborados, a CAI discutia internamente os objetivos e a qualidade do ensino superior, sob a ótica do Magnífico Reitor.

Foram programadas reuniões da CAI com os componentes dos CAC, para esclarecimento da metodologia a ser adotada quando da aplicação dos novos instrumentos no âmbito de seus cursos.

Os instrumentos de pesquisa de opinião foram aplicados a 57% dos discentes, a 80,8% dos docentes, 100% dos coordenadores de cursos e 73,6% do corpo técnico-administrativo. Depois dos dados serem trabalhados estatisticamente, os componentes da CAI passaram a analisar os resultados obtidos no âmbito geral da Universidade por dimensão, em cada faculdade por dimensão e por cursos. Esses resultados foram apresentados ao Magnífico Reitor e em fevereiro de 2003 foi feita uma apresentação preliminar ao corpo docente da Universidade, por ocasião da Semana Pedagógica. Depois de aprofundadas as análises foi elaborado um relatório geral e apresentado ao Magnífico Reitor e aos Pró-reitores no final do ano de 2003.

Com o resultado consolidado, pôde-se avaliar que a Universidade é percebida com conceito entre Intermediário e Bom pelo conjunto dos segmentos avaliados, e que o segmento mais satisfeito é o do Corpo Técnico-Administrativo enquanto que o menos satisfeito é o do Corpo Discente, que não chega a classificar a Universidade como Ruim.

Em 2003, com a perda de alguns membros, a CAI ficou prejudicada em seus trabalhos, porém continuou no ritmo anterior não havendo quebra de produção, somente um pouco mais de carga para os que permaneceram.

Em consequência de uma auto-avaliação do processo, constataram-se alguns problemas nos dados analisados ocasionado pela área de informática que também passava por um momento de reestruturação. Assim mesmo, feita a apresentação dos resultados aos docentes da Universidade, seguiu-se o planejamento para 2003 e teve início a auto-avaliação das atividades da CAI realizadas no ano anterior e dos instrumentos aplicados.

Foi realizado um treinamento interno dos membros da CAI como facilitadores para capacitação dos membros dos CAC em dois momentos, um em maio e outro em julho, em consequência das diversas mudanças de seus membros e a aplicação de nova avaliação de percepção a ser realizada para discentes, docentes e funcionários administrativos.

Retomou-se as discussões internas sobre temas considerados importantes para a Comissão, como: a Universidade na atualidade e seu papel real na sociedade, qualidade do ensino superior, causas do momento atual do ensino superior, objetivos conflitantes com relação ao ensino superior sob a ótica do aluno, da Universidade e do mercado (empregador), professores com pouca experiência no mercado de ensino e outros.

A CAI passou a analisar o PDI da Universidade e o cumprimento das metas nele estabelecidas.

Ainda no ano de 2003, ocorre nova mudança dos membros da CAI que passa a ser subordinada ao Pró-Reitor de Planejamento. Neste mesmo ano é elaborado um Manual de Avaliação Institucional da Universidade.

Em março de 2004, a CAI planejou suas atividades para o ano, porém foi alterada em abril com a Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES, determinando a criação da Comissão Própria de Avaliação – CPA nas Instituições de Educação Superior a partir de 1º de setembro de 2004.

Fundamentada na nova Lei, a CAI deixa de existir em consequência das exigências legais, e é criada a CPA/UTP sob a égide das novas orientações determinadas pelas Diretrizes e pelo Roteiro de Auto-avaliação Institucional elaborados pelo INEP, permanecendo, no entanto, com a estrutura existente e o processo de avaliação de percepção dos segmentos do público interno, por ser considerada uma avaliação muito importante para os gestores da Instituição.